# A difícil arte de simplificar
Numa sociedade, em que cada vez mais tudo é preparado para facilitar os dias, como o toque de uma APP para nos dizer que temos de beber água ou de que hoje é o dia dos amigos ou dos fulanos ou do café, etc, etc,e, para de certa forma inconscientemente "estupidificar" o pensamento, é cada vez mais difícil simplificar.
Como os formulários que se tem de preencher na vida burocrática, o carimbo que tem de estar no local certo, a designação correta da atividade profissional na CAE senão o sistema não aceita, assim são os dias, paradoxalmente, em pleno século XXI, a complicar, a deixar de "saber ver" de uma forma "clean".
Temos de seguir a "complicação" no meio da multidão, mesmo que não nos identifiquemos.
Como escrevia Thoreau ( in Walden) há mais de um século :"Simplicidade, simplicidade, simplicidade! (...) A nossa vida é uma Confederação Germânica, composta de insignificantes estados e com as fronteiras sempre a flutuar. (...) A própria nação, com todas as chamadas melhorias internas, aliás externas e superficiais, é apenas uma instituição desajeitada e sufocante, atravancada de móveis e obstruída pelas suas próprias armadilhas (...). Mal saberia Thoreau...
Há precisamente uma semana, um professor português, considerado um dos melhores do mundo, deu uma aula magistral, de uma forma simples, original,
remetendo para uma ideia que partilho. ( Anúncio dos 50 anos BIC).
@marinamalheiro