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Blog de escrita nas horas extra dos dias

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# 4 dias por semana no país da calmaria

Vai ser implementado um projeto- piloto da semana de 4 dias em Portugal, tal como já existe em vários países europeus ( nórdicos) e na China.

O coordenador deste projeto piloto dizia que acha que a taxa de natalidade vai aumentar...

Num programa de rádio sobre este tema dizia-se que a China já tem este sistema e aumentou imenso o turismo na China.

Este tema veio à discussão após os movimentos do "quiet quitting" ( adotado por vários trabalhadores insatisfeitos com a sua precariedade laboral) a que se seguiu o "quiet firing" ( o despedimento silencioso).

Hoje, entre colegas de trabalho, questionámos como seria feita a divisão das 35 horas de trabalho por esses 4 dias ou se isso comportaria um corte no vencimento.

No momento em que toda a gente aguarda uma transferência interbancária do Estado ,a partir de dia 20, uma "pequena cenoura!" para um parco aumento salarial, em que a inflação dispara e em que há uma guerra a decorrer, é questionável de que modo será aplicada esta semana de 4 dias aos trabalhadores portugueses.

Por outro lado, ouço cada vez mais histórias de "quiet firing" , totalmente justificadas para uma queixa no Tribunal do Trabalho.

Estaremos a navegar num mar de calmaria, quando em janeiro poderemos pagar e bem! os custos do frio, com possíveis cortes de eletricidade e de gás natural?

@mmalheiro

no dia em que em França houve uma greve geral contra o aumento do custo de vida

publicado às 23:58

O "quiet quitting" da classe docente

Numa banal conversa de amigos falava-se da falta ou do "esquecimento" do pagamento de ordens extraordinárias em determinadas profissões, como é o caso dos médicos. Se nesta profissão há uma Ordem que os representa e que demonstra a força que une esta classe, o mesmo não acontece na classe docente. Existem vários sindicatos que negoceiam pontualmente com a tutela mas que claramente perderam muita força.

Neste momento, há muitos mas mesmo muitos horários completos anuais por preencher nas regiões de Lisboa e de Faro, onde alugar um quarto ou um apartamento é excessivamente caro para um salário muito muito baixo. Se há uns anos os professores percorriam todo o país ficando em quartos, pensões, casinhas, para "ganharem" tempo de serviço, tal como Vergílio Ferreira fez, neste momento, muitos professores com vidas estruturadas ( casados e com filhos) decidiram não abandonar os seus. Cerca de 12000 "migraram " ou " emigraram",tal como Passos disse, de forma tão simpática, em 2012. Foram obedientes e mudaram de rumo, como cantava Zeca.

Deste modo, há muitos alunos sem aulas e continuará a haver a médio e longo prazo.

Por outro lado, os professores que ainda não têm vínculo e mesmo alguns vinculados há anos, começam a revelar um fenómeno do mundo laboral - que terá começado na China!- de uma demissão silenciosa, trabalhando o antigo "das 9 às 6" e nada mais do que isso. Também os professores estão a abandonar o "give a mile" ( o dar o litro) e a aderir ao "quiet quitting": não responder a emails para além da hora, não responder nem enviar emails ao fim de semana, protelar a entrega de documentos burocraticamente entediantes como as atas, não responder a telefonemas de pais ou chefias para além da hora de saída de serviço. Faz sentido esta resposta silenciosa perante uma sociedade ou governos que não se curvam diante dos que têm uma das profissões mais importantes de sempre.

Colaboradores de um "serviço educativo",que os deixou de estimar devidamente, os professores deixaram de "give a mile" e já não "hang tight" como dantes...

@mmalheiro

 

 

 

publicado às 21:02

# Dançar na corda bamba

3b06b49c7890d7600482ed7724e942cd.jpg                                                    Lisboa, 1971, s/a

                           às vezes é verdadeiramente revoltante viver neste país: um sistema de gestão de recursos humanos, de gestão de processos claramente falho. diferentes sistemas informáticos, diferentes metodologias de trabalho, plataformas de vida profissional diferenciadas e claramente decadentes em alguns setores. onde está a inovação e agilização dos processos, onde ficou a noção de pensar no funcionário/ no colaborador em mais do que uma pessoa com um código de barras, um número interno como pessoa numa sociedade? onde ficou a noção de que um trabalhador é um ser humano e de que é possível pensar a gestão de processos muito para além da mediania?

às vezes é verdadeiramente revoltante viver neste país.

@mmalheiro

 

publicado às 15:37

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