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Blog de escrita nas horas extra dos dias

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Blog de escrita nas horas extra dos dias

# um país de donas Eugénia- do artigo 29º

Se pesquisarmos no Código do Trabalho encontramos um artigo que infelizmente muitos trabalhadores desconhecem - o artigo 29º : 

  1. É proibida a prática de assédio.
  2. Entende-se por assédio o comportamento indesejado, nomeadamente o baseado em factor de discriminação, praticado aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.
  3. Constitui assédio sexual o comportamento indesejado de carácter sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objetivo ou o efeito referido no número anterior.
  4. A prática de assédio confere à vítima o direito de indemnização, aplicando-se o disposto no artigo anterior.
  5. A prática de assédio constitui contraordenação muito grave, sem prejuízo da eventual responsabilidade penal prevista nos termos da lei.
  6. O denunciante e as testemunhas por si indicadas não podem ser sancionados disciplinarmente, a menos que atuem com dolo, com base em declarações ou factos constantes dos autos de processo, judicial ou contraordenacional, desencadeado por assédio até decisão final, transitada em julgado, sem prejuízo do exercício do direito ao contraditório. "

in Código do Trabalho, Secção II,  Subsecção Igualdade e Não Discriminação, Divisão II- Proibição de Assédio ( última atualização maio de 2023)

Ontem foi publicado num semanário português um artigo de um jornalista em que este contesta o tempo de serviço  congelado que os professores reclamam. Esse artigo mistura assuntos e é altamente demagógico.  Perguntavam-me no outro dia: porque fazem os professores, agora, num governo socialista, tantas greves e tantas manifestações?

Basicamente a classe docente chegou a um limite.

A situação não passa apenas por contagem de tempo de serviço, passa pelo facto de existirem professores com 40 e muitos anos que ainda andam com a casa às costas , deixando a família para trás, deixando uma vida normal para trás, a fim de efetivarem muitos a 300km de casa, não tendo subsídios de alojamento, deslocação, como muitos altos funcionários públicos do Estado.

Espera-se que entre 2000 a 4000 professores não se tenham candidatado a um concurso com a designação de vinculação dinâmica . O dinamismo implica que, uma vez o professor esteja efetivo num QZP no ano letivo que aí vem, no próximo poderá estar noutro e noutro e noutro.

Portanto, andando sempre a mudar de escola, a mudar de vida.

Para além desta instabilidade e precariedade laboral, os docentes confrontam-se ( tal como muitos trabalhadores) com aquilo que se designa de assédio moral no trabalho.

Todas as semanas sei de situações de colegas que foram maltratados por direções de escola que dizem aos professores que têm de sumariar em 24horas, em 2 minutos, no sistema informático, caso não o consigam porque não há Internet têm de escrever em papéis e justificar, ameaçando com perda no vencimento, que dizem a professores para retirarem faltas de tpc de alunos caso contrário terão processos disciplinares, que enviam emails a desoras ameaçando professores, que marcam reuniões de trabalho online fora do horário de trabalho, que chamam professores que fizeram greve ameaçando-os de que se o fizerem novamente terão consequências, que fazem queixa de diretores por assédio moral e as testemunhas recuam, com medo.

A isto se chama assédio moral no trabalho. Com medo , muitos professores metem baixa e tentam mudar de escola.

Para além do assédio moral pela hierarquia de uma escola, noutras escolas parece haver também donas Eugénia que marcam faltas aos professores por greve, não apurando se o professor adoeceu, se alguém lhe morreu, se teve um acidente, dizendo "vocês fazem greve, vocês auferem mais, portanto, eu não sei e marco falta." Depois, os professores abrem a sua área pessoal e têm uma semana com os dias todos marcados a vermelho vivo, provocatório, mesmo que só tenham feito 1 dia de greve.

Um bom jornalista apura os factos, um bom colega e diretor protege os colegas e não os assedia moralmente.

Uma boa dona Eugénia cumpre o seu trabalho e não assedia moralmente- pode ir sempre para a Faculdade tirar um curso superior+ mestrado+ doutoramento e demonstrar capacidade psíquica para aguentar o jogo. 

Em Inglaterra muitos professores estão a abandonar a profissão e em Portugal, se estas condições laborais se mantiverem e se os professores não tiverem apoio nem do Governo, nem da Oposição, nem de um Presidente da República, professor catedrático "reformado", acontecerá o mesmo.

#Não ao assédio moral nas escolas, não às donas Eugénia# 

@mmalheiro

em memória dos meus pais que lutaram pela Liberdade no trabalho em 1976

aos meus amigos e colegas professores

 

publicado às 08:06

# 25, sempre! Não, senhor Ministro, não paramos.

Os professores aguardam a promulgação, congelamento ou não promulgação de um diploma dos concursos por parte do Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que expressou dúvidas sobre o diploma "aprovado", a 17 de março, sem a concordância sindical.

Por isso, a greve e a luta continuam e descemos hoje a Avenida , sem medo e com a Liberdade toda nas mãos.

A greve e a luta continua, Senhor Ministro, com e sem exames. Merecemos respeito e não desprezo.

[1 - A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores.
       2 - Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve.
       3 - O direito à greve é irrenunciável.] Artigo 530 da CRP

@mmalheiro

publicado às 10:37

# 4 dias por semana no país da calmaria

Vai ser implementado um projeto- piloto da semana de 4 dias em Portugal, tal como já existe em vários países europeus ( nórdicos) e na China.

O coordenador deste projeto piloto dizia que acha que a taxa de natalidade vai aumentar...

Num programa de rádio sobre este tema dizia-se que a China já tem este sistema e aumentou imenso o turismo na China.

Este tema veio à discussão após os movimentos do "quiet quitting" ( adotado por vários trabalhadores insatisfeitos com a sua precariedade laboral) a que se seguiu o "quiet firing" ( o despedimento silencioso).

Hoje, entre colegas de trabalho, questionámos como seria feita a divisão das 35 horas de trabalho por esses 4 dias ou se isso comportaria um corte no vencimento.

No momento em que toda a gente aguarda uma transferência interbancária do Estado ,a partir de dia 20, uma "pequena cenoura!" para um parco aumento salarial, em que a inflação dispara e em que há uma guerra a decorrer, é questionável de que modo será aplicada esta semana de 4 dias aos trabalhadores portugueses.

Por outro lado, ouço cada vez mais histórias de "quiet firing" , totalmente justificadas para uma queixa no Tribunal do Trabalho.

Estaremos a navegar num mar de calmaria, quando em janeiro poderemos pagar e bem! os custos do frio, com possíveis cortes de eletricidade e de gás natural?

@mmalheiro

no dia em que em França houve uma greve geral contra o aumento do custo de vida

publicado às 23:58

# Os filhos dos professores em transumância

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Foto de weareteachers.com

Todos os anos se realizam concursos de professores, quer para contratar milhares ( muitos trabalham há mais de vinte anos), quer para vincular, quer para mobilizar de uma escola para outra, quer para mobilizar por doença , quer para mobilizar por mudança para outro serviço público.

Mas, para além dos professores que andam nesta transumância permanente, os filhos dos professores acompanham os pais ou ficam em casa com um dos progenitores ou com os avós. 

Conheci há anos uma colega que levou a filha com ela para Beja quando ficou quadro de zona pedagógica. Era  natural do Entroncamento. Outro caso, foi o de uma colega que levou os dois filhos com ela para o Algarve para efetivar pela norma-travão. O marido ficou na casa "base", no Porto.

No entanto, há casos  em que por despesas financeiras avultadas- casa, carro, gasolina, alimentação- deixam os filhos na "casa base" e as crianças ressentem-se : dormem mal, ficam num estado de ansiedade brutal. É o caso da filha de uma colega, que ficou em estado de ansiedade depois de ver a mãe inserir 548! códigos de escola junto à "casa base" e não dormiu só de pensar que a mãe poderia ir-se embora novamente.

É isto, é também isto, que deve ser considerado pela tutela na gestão de recursos humanos, na gestão de docentes : a gestão familiar. Os professores não são apenas um número de graduação.

@mmalheiro

aos filhos dos professores portugueses

publicado às 11:37

# Da sociedade automatizada

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Cinemagraph de Metropolis (1927)

A pandemia trouxe uma vida ainda mais automatizada, em que quem nos responde são os computadores, os avatares online que nos perguntam se queremos ajuda, os "taskers" com agendamento para montarem móveis , e até da escola dos nossos filhos nos respondem dizendo que determinados recados é melhor colocarmos na plataforma lms. 

Sinto a falta do contacto presencial com os amigos , com os conhecidos e até circunstancialmente com os funcionários das lojas do cidadão. Para se tratar de uma mera mudança de um dístico de residente é uma complicação para agendar, para seguir instruções online. Tem de ser tudo agendado com os serviços, por causa do Covid19. Mariano Gago que criou o Simplex meteria as mãos à cabeça se ainda aqui estivesse. Complicadex a automatização dos procedimentos. Não há agilização mas uma gritante complicação.

Se muitas vezes os trabalhadores dos call-centers atendem claramente em casa, noutras não há voz - apenas "carregue 1, tecle 2, deixe o seu número e será contactado em 48h". Palmas para muitos como hoje um trabalhador de um serviço público que às 7h53 já estava a responder a um email meu.Depois outra trabalhadora do mesmo serviço respondeu ao mesmo assunto passadas 6 horas. 

Para além disto, os agendamentos fazem-se por email e não respondem. A mensagem automática surge "responderemos em breve". De repente, tem-se a noção de que há uma estagnação causada pela pandemia mas também pela máquina gigante da burocracia.

Tem sido de aplaudir o trabalho da Task Force vacinando o maior número de pessoas, com ou sem agendamento, mas, de facto, o líder é um Vice-Almirante dos mares, com outra visão desta guerra em que vivemos.

Menos automatização , por favor! ( note-se isto é um blogue mas tenho-me dedicado agora muito mais ao objeto cultural mais interessante de todos: o livro!).

"Poderemos perguntar-nos se valerá a pena, neste momento, voltar a reafirmar que o investimento em ciência, em investigação científica e tecnológica, assim como o investimento em formação superior, aumentam a produtividade e promovem o crescimento económico e o desenvolvimento social e cultural, ou que a cultura científica é fonte de liberdade e de cidadania."

Mariano Gago, excerto do discurso no Parlamento (10 de novembro de 2010)

@mmalheiro

publicado às 23:00

# 300 horas de teletrabalho depois , um" tea time"

Hoje li, mesmo aqui no Sapo, que há empresas que estão a motivar os trabalhadores que estão em teletrabalho: aulas de Yoga, reuniões Teams, Meets, registos da atividade diária dos colaboradores de modo divertido. 

Uma das empresas de informática, que é apenas a do senhor dono de todas as "janelas" do sistema informático pioneiro , há alguns anos atrás já proporcionava pausas aos trabalhadores com sessões de massagem às costas, natação  e ginásio. Tudo para aumentar a produtividade e, no fundo, motivar para o trabalho. Ui, haja alegria para fazer pão, planos semanais, aulas síncronas, assíncronas, trabalho autónomo e formação online, ao mesmo tempo que se adormece o filho nos braços.

Neste momento a classe docente e milhares de pais confinados ( muitos são professores) precisam de algum ânimo, nem que seja digital, até ao desconfinamento que será, provavelmente, depois da corrida aos ovos da Páscoa.

Portanto, um momento "chá das cinco" todas as semanas com as equipas de trabalho das escolas, em direto com os filhos a interromperem uma aula síncrona para verem os "SuperWings", em cima da bicicleta de aulas de cycling que se comprou para abater os kilos do confinamento de há um ano, seria como diria "a amiga Olga" , Uau!

@mmalheiro

Nota.Obrigada à equipa do Sapo pelo destaque de ontem .

 

publicado às 23:25

# Meter o chico #

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all rights reserved to Sally West.

há dias um familiar contou episódios engraçados do tempo da tropa, antes do 25 de abril. falou em expressões únicas da gíria militar que podem ser aplicadas a outros contextos atuais,por exemplo, "meter o chico".

esta expressão tão simples e irónica significa "passar à reserva". muitas vezes nos questionamos quando devemos passar à reserva de uma profissão, por exemplo, quando atingimos quatro mãos cheias de trabalho, vinte anos de vida. será que podemos "meter o chico" , arriscar , e "desenfiarmo-nos" noutras andanças laborais mais apelativas?

@mmalheiro

publicado às 15:38

# Do ritmo circadiano de um trabalhador

Hoje surgiu a notícia (Fonte:LUSA) de que a Fenprof pediu ao Ministério Público para averiguar a morte repentina de três professores: uma em Manteigas em plena sala de aula, outra na Covilhã em serviço oficial ( corrigia as Provas de Aferição) e outro em Odivelas ( enviava as classificações por email). Como professora considero chocante esta notícia e lamento muitíssimo pelos meus colegas.

Há cerca de 7 meses um familiar meu teve um ataque cardíaco fulminante em pleno local de trabalho , num prestigiado Banco português. Com apenas 53 anos o  excesso de trabalho,- ter muito stress-, foi a justificação dada aos familiares diretos. Colegas que assistiram impotentes à sua hora fatal e tentaram por todos os meios a reanimação estão ainda de baixa psiquiátrica, a família ainda em choque com a perda inesperada.

Tanto no caso dos colegas como do meu familiar o problema é o mesmo: a doença do séc. XXI ,  o burnout.Primeiro, o excesso de trabalho quer a nível de procedimentos burocráticos no caso dos professores- que, muitas vezes se apresenta pela duplicação ou triplicação de procedimentos, nada "simplex" ,  tudo muito inclusivo, com muitas medidas universais, adicionais, etc. Depois, a disponibilidade do professor/ trabalhador- contactável via email, telefone, pessoalmente, fora do horário de trabalho, aos fins de semana, feriados ( obrigada a quem inventou o modo reencaminhamento do email oficial...).

Segue-se o trabalho que se leva para casa. No caso de um trabalhador da área financeira, passa pelo trabalho em modo controlo remoto, fora das horas de expediente. No caso de um professor há também muito trabalho- quer na preparação das aulas, preparação de reuniões, correção de testes de avaliação e todo o tipo de instrumentos de avaliação aplicáveis, correção de provas de aferição, exames nacionais, etc e plataforma informática. Onde fica a vida pessoal? Tem de ser meticulosamente programada como a escala de Bancos dos médicos.

O cumprimento do dever por parte de um trabalhador não é consentâneo com faltas por motivo de doença do próprio, dos familiares diretos ( pais, por exemplo) ou de filhos menores ( até aos 12 anos). Muitas vezes isso é visto como uma fraqueza por parte do trabalhador. Mau para a sua avaliação de desempenho. Por isso, os professores e todos os trabalhadores cumpridores ou entram em burnout ou partem fatalmente. Uma tragédia. 

Há 10 anos numa escola onde dei aulas e donde se avistava a pista 5.2 do Aeroporto de Lisboa lembraram-se de criar aulas de Yoga para professores, depois do serviço. No meu caso não corria muito bem , pois no meio do Ooomm só pensava na lista de compras do supermercado e não desligava. Foi nessa época que comecei a caminhar e a correr, primeiro na pista do Guincho, depois no paredão de Oeiras, fizesse sol ou chuva, seguindo as passadas de Murakami. Há três anos a cardiologista  recomendou-me muita caminhada e melatonina ( na versão natural)- sentir o coração como que a saltar-nos pela boca é aflitivo. Mais do que aflitivo. Responderem-nos-  tive um problema cardíaco - e então?- revela a perfeita desumanidade do meio laboral. 

Eu e muitos colegas não conseguimos este ano, nem correr, nem caminhar, nem esticar as pernas entre testes, reuniões de encarregados de educação, reuniões , papéis, papéis, papéis. Submergidos em papéis.

Valeu-me a alegria dos meus e a noção de que a saúde para viver e para os criar está acima de tudo, até do trabalho.

Aos meus colegas professores

Ao meu primo Xana, in memoriam

@mmalheiro

publicado às 23:33

# Um nicho de mercado chamado Homem

5b6ac6fdd2e6ed52ede0884c541082b3.jpg                                             foto de blog.brancoprata.com

a ideia central que subjaz a toda a criação empreendedora é a inovação; um nicho de mercado intocado e lucrativo. junte-se agora também a ideia da utilidade , usabilidade e acessibilidade e aguarde-se o fervilhar do negócio. para isso é precisa uma extrema resiliência e capital q.b. .

neste momento, criar tudo o que facilite a vida ao Homem, mesmo que não precise nem tenha pensado nisso, é a chave de tudo. [ como se fosse necessário pensar constantemente na utilidade das coisas e não apenas vivenciá-las.] paradoxalmente criar produtos de facilitação diminui exponencialmente a empregabilidade.

[ precisaremos de tanta coisa? criar significados, dizia um poeta, é vital. criar postos de trabalho, acrescento, é o fio de prumo da economia. tem de ser.]

ainda bem que alguém inventou a música, sempre a criar significados em nós.

@mmalheiro

 

publicado às 16:39

# Da cotação de um trabalhador em Portugal

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                                  Foto Artur Pastor ( Douro)

                                 Há dias diziam-me que era absolutamente normal um trabalhador licenciado ter uma remuneração mensal de 600 euros. Normal não é. Talvez seja neste país em que se pratica cada vez mais aquilo que é denominado de "dumping laboral", o pagamento ao mais baixo custo possível.

Pensei, então, que tal como existe um "mercado" para os jogadores de futebol, os atletas mais bem pagos de sempre, qual será a cotação "em bolsa" de um trabalhador licenciado, com 4 ou 6 anos de estudo, versão pré-Bolonha e quase 20 anos de trabalho efetivo.

Qual será a cotação em bolsa de trabalhadores de quase 50 anos com precariedades laborais e imensa experiência de vida? Qual será a cotação em bolsa de jovens de 25 anos em permanentes estágios de inserção ( bolsa-emprego)?

Algo tem de ser mudado no Direito do Trabalho em Portugal, a bem de uma bolsa de valores verdadeiramente robusta  para todos os trabalhadores, de todas as idades e categorias profissionais.

@mmalheiro

 

publicado às 16:25

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