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Blog de escrita nas horas extra dos dias

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Blog de escrita nas horas extra dos dias

Uma decisão na palma da mão- uma análise swot de uma carreira sem silêncios-

Li ,hoje, na rede profissional Linkedin, um artigo especializado sobre o silêncio a que os trabalhadores se sujeitam: ao silêncio por medo das chefias, por medo das entidades patronais.

Por medo de ficarem sem o posto de trabalho, muitos professores sujeitam-se, desde sempre,  ao assédio moral de diretores não eleitos pelos seus pares como nos antigos conselhos diretivos mas apenas porque se candidatam aos lugares e porque pertencem a determinados partidos políticos.

Por várias vezes, enquanto  professora contratada quis literalmente "mandar tudo ao ar" porque via formas de gestão ineficientes, formas de pressão para determinadas avaliações, formas de pressão para atender aos desejos de pais helicóptero, quando queria , apenas, apenas, dar aulas como o meu professor de liceu, António Leitão, me ensinara ( guardei os cadernos das aulas de Português) até há bem pouco tempo , ou como a minha professora de jornalismo, Margarida Simões, que nos quis pôr a pensar para além das notícias, das reportagens e nos colocou nos "Putos nos Is" na Rádio Energia.

Vivemos numa sociedade de extremos mas o professor continua a ser visto como um elemento menor da engrenagem, embora milhares tenham caminhado pelas ruas em manifestações e feito greves em 2022 e 2023. Só, desta forma, graças aos milhares que não tiveram medo, eu incluída, de caminhar em liberdade e sem silêncios, é que foi possível caminhar para o reposicionamento e progressão de milhares de professores com imenso tempo de serviço e a vida estagnada.

Contudo, mesmo com esta guerra vencida, o problema do assédio moral e da falta da boa mentoria aos professores jovens licenciados e ainda não profissionalizados, mantém-se erradamente, pois, tal como é referido no artigo que colocarei no final do texto, guardar o que se sente, em silêncio obrigado, tal como no tempo do fascismo, não é uma resistência sã, muito pelo contrário, traz muitas doenças do foro mental .

Portanto, eu que não sou de silêncios , enfrentarei provavelmente um novo caminho e a minha voz não se calará.

The Cost of Staying Silent: Psychological Trauma of Employees Who Can’t Speak Up in Linkedin

Aos meus pais

A todos os professores 

@mmalheiro

publicado às 23:54

# Da missão ( impossível ) docente

Leio por estes dias notícias e mais notícias sobre a falta de milhares de professores, sobre o facto de na Europa só não haver falta de professores em dois países. 

Toda a gente opina sobre as causas desta falta de professores : aposentações, problemas de arrendamento, etc.

Na verdade , quando em 2012, Passos Coelho disse aos portugueses para emigrarem, foi isso que aconteceu. Portanto, milhares emigraram e outros "migraram" para outros trabalhos. Por exemplo, não há professores de Inglês porque foram trabalhar para empresas. O mesmo se aplica aos de Matemática, Economia ou Português.

Ao mesmo tempo, mesmo com percentagens de efetivação em funções públicas por tempo indeterminado ( QZP ou QA), há dois problemas graves, gigantes, que continuam a não ser resolvidos: a profunda desconsideração social em relação à classe docente ( basta ler os comentários online das pessoas em relação aos municipios que anunciaram ter apartamentos para professores ) e a luta "fratricida" inter pares ( a avaliação externa do professor continua a ser muito ambígua/ as direções são variáveis a pais, comunidade escolar, governos e pouco ou nada solidárias com os professores).

Portanto, se um docente não se sente apoiado pelos seus pares, se é submetido ao escrutínio de execráveis pais helicóptero que ,mais tarde ou mais cedo, vão ser os professores dos seus próprios filhos ( este será o futuro) ou então terão uma estupidificante AI a dar-lhes aulas, se não sente empatia por parte dos alunos a quem quer verdadeiramente "ensinar a sair do quadrado", qual é o objetivo da sua missão "impossível"? É manter a sua sanidade mental e mudar de trabalho.

Numa formação em que participei , em que estavam centenas de professores online a nível nacional, a formadora, psicóloga de profissão, terminou, dizendo: "caros professores, cuidem-se, meditem, façam yoga, desliguem o whatsaap, considerem-se".

Ainda esta semana, também a propósito de questões laborais, diziam-me "ah, demitiu-se porque estava subaproveitada". Há muitos professores com Mestrado, Doutoramento, várias Pós-Graduações no sistema educativo, subaproveitados.

De modo que , muito pragmaticamente escrevo- trataram mal os professores, agora já não os têm.

Um bom ano letivo a todos os professores resistentes e que mantêm a sua missão.

@mmalheiro

 

publicado às 15:14

# A ternura dos 70 - sobre os professores

Foi ontem anunciado pelo MECI um plano de salvação da Educação.

Já estamos habituados a salvamentos fraquinhos, a meros "placebos" para um tratamento que terá de ser inovador , construtivo e , sobretudo, respeitador de uma profissão tão importante na sociedade.

Fiquei sinceramente preocupada com os meus colegas que se arrastam literalmente para dar aulas e , muitos, só lhes falta 1 ano de serviço e estão já no 10º escalão.

Duas familiares minhas trabalharam até aos 70 anos mas em 2001 , quando havia reduções no horário, quando se preocupavam se um professor devia ter turmas atribuídas e se podia ter outras funções, apesar de estar ainda na escola, quando se preocupavam com os "bancos" a atribuir nos SAP.

Tinham horários muito reduzidos e serviços moderados.

Uma foi professora de Matemática , outra foi Médica de Família.

O meu pai reformou-se para além dos 40 e muitos anos de serviço porque começou muito novo a trabalhar e em final de vida, a "ida ao escritório" era uma rotina para quem trabalhara sempre com números , deve e haver, relatórios de contas,etc.

Neste momento, milhares de professores estão cansadíssimos!! , desde os 40 aos 66. Têm de aturar alunos indisciplinados, pais que precisam de psicoterapia pois hiperprotegem os filhos e imiscuem-se no trabalho do professor, colegas e direções complicadas. Para além disto, têm como Diretores de Turma- esta , sim, uma função que deve ser remunerada como extraordinária ( nos Confinamentos o meu telefone esteve disponível para os EE até às 22h) problemas para resolver com pais, alunos especiais, alunos que queriam ser especiais e papéis, papéis, papéis.

Faltam psicólogos para alunos, pais e professores, professores do ensino especial  para intervenção

nas escolas. Falta o Dr. Pedro Strecht dar palestras para a comunidade educativa ser grata e simpática para professores, auxiliares, direções.

No ano da Saúde Mental vejo cada vez mais colegas em formações sobre a saúde mental, sobre a gestão de conflitos, sobre a gestão das emoções.

Na última formação, a psicóloga terminou a sessão dizendo a 160 professores ( a nível nacional) para cuidarem de si, fazendo meditação, yoga, pilates e ,sobretudo, para não atenderam telefones, emails, whatsapp com os pais.

Guardo em mim as palavras de Sebastião da Gama "Pelo sonho é que vamos" mas, neste momento, em que estou quase a alcançar a meia idade, escrevo com determinação- lamento mas não trabalharei nem até aos 66, nem até aos 70. Vive la France! ( reforma aos 62).

@mmalheiro

em memória dos meus professores de Liceu, da Faculdade

em memória dos meus pais

a Evelyn Myre Dores, professora de Matemática

a Eva Pinto de Sousa, médica

 

 

 

publicado às 11:20

# Da Liberdade de expressão

Nesta nova e nefasta cultura "woke", marcada pelo maniqueísmo do bem/mal , onde fica a pura, puríssima liberdade de expressão? Ficará numa gaveta porque a cultura woke dirá que não se pode dizer tudo, não se pode escrever tudo, tem de se apagar tudo, tudo o que foi escrito, tudo o que foi dito, filmado, erguido , edificado.

Para onde caminha esta sociedade tão normativa e chatinha e que poderá causar problemas aos que são manifestamente anti-woke?

Viva sempre a liberdade de expressão que assiste a todos e em todas as profissões, professores incluídos.!

Ao meu professor de Português, António Leitão da ESA

@mmalheiro

publicado às 15:55

# O circo de feras da carreira docente

No dia em que cerca de 8000 professores vincularam a um quadro de zona pedagógica, muitos milhares ficaram ainda "em casa" ou "na casa de partida".

A vida de professor é , de facto, um "circo de feras", com muita capacidade para " jogar" mudanças de vida, de região, de escola, de contexto social.

Neste momento, o jogo peca pela falta de jogadores: milhares abandonaram o tabuleiro de xadrez em 2011/2012 quando o então Primeiro-Ministro Passos Coelho apelou à emigração ou mudança de profissão. Foi bem sucedido. Milhares emigraram para outros países, milhares mudaram de vida, literalmente. O afastamento de filhos pequenos e demais família acarretava consequências verdadeiramente insolúveis.

Agora faltam peões no jogo de tabuleiro apesar de terem aumentado alunos de outras nacionalidades, em virtude de uma imigração sem controle ( li há dias que são ainda precisos milhares de imigrantes para colmatar as lacunas na área do turismo, construção civil, etc , mas são essencialmente necessários imigrantes qualificados).

Na "casa de partida" ficaram milhares que não aderiram à vinculação dinâmica, uma nova forma de vinculação que pelo óbvio adjetivo ( dinâmica) implica muita transumância docente por todo o país. com muita instabilidade de local de trabalho, muita instabilidade familiar.

Falava-se há tempos de casas para os professores. Só um município tratou verdadeiramente do assunto. 

Como se resolve o jogo? Um problema difícil nesta fase do campeonato, quando se tem mais de 40 anos, filhos, marido, pais . Abandona-se o jogo?

O problema é que o país poucas ou nenhumas alternativas profissionais oferece a um Licenciado com mais de 40 anos ou 50. Se for da área de Economia/ Contabilidade/ Matemática talvez siga para bingo. Se não for é mesmo "resto zero", "nicles" de oportunidades a priori e a posteriori. 

A vida de professor é mesmo um "circo de feras".

( aos meus amigos que hoje vincularam ao fim de muitos, muitos anos de trabalho, muitos kms em vários carros, milhares de portagens automóvel depois, casas arrendadas, filhos crescidos)

@mmalheiro

 

publicado às 00:43

# Para onde caminha a Educação em Portugal?

No dia em que saíram os resultados dos exames de final de ciclo de Matemática e de Português, realizados em algumas escolas na versão digital, foi publicado também o Projeto de Decreto-Lei das habilitações próprias para a docência.

Caso seja aprovado , a decadência do sistema de ensino português será evidente e os resultados de hoje -  quase 60 % dos alunos tiveram classificações inferiores a 3 a Matemática- acentuar-se-á.

Tal como eu , muitos professores que fizeram greves, participaram em manifestações e , ao mesmo tempo, cumpriram objetivos, foram diretores de turma a 100% , sentem-se, neste momento,  profundamente desmotivados e mesmo entrando num lugar de quadro , pensamos se -24 anos depois- valeu a pena tanto sacrifício, tantos kms por muitas escolas ( muitas mesmo), tanto "queimar de pestanas" pré-Bolonha ( 6 anos + 2 Pós-Graduações depois) para nos confrontarmos com uma realidade dentro de um "quadrado" limitado a domínios, a critérios mínimos, a tutelas com experimentalismos pedagógicos "Maia", a tutelas submissas a encarregados de educação com objetivos de sucesso pleno para os seus educandos a todo o custo ( mesmo que os filhos apresentem pouco trabalho, motivação e resultados medíocres), a tutelas submissas a mentorias em concelhias.

Não há pedreiros, motoristas, fiscais de obra, revisores na CP, etc., mas há muitos jovens a aceder à Universidade, alguns com parcos conhecimentos, muitos com grande dificuldade na escrita e no desenvolvimento do pensamento crítico- a que preço?

@mmalheiro

publicado às 19:59

# um país de donas Eugénia- do artigo 29º

Se pesquisarmos no Código do Trabalho encontramos um artigo que infelizmente muitos trabalhadores desconhecem - o artigo 29º : 

  1. É proibida a prática de assédio.
  2. Entende-se por assédio o comportamento indesejado, nomeadamente o baseado em factor de discriminação, praticado aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.
  3. Constitui assédio sexual o comportamento indesejado de carácter sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objetivo ou o efeito referido no número anterior.
  4. A prática de assédio confere à vítima o direito de indemnização, aplicando-se o disposto no artigo anterior.
  5. A prática de assédio constitui contraordenação muito grave, sem prejuízo da eventual responsabilidade penal prevista nos termos da lei.
  6. O denunciante e as testemunhas por si indicadas não podem ser sancionados disciplinarmente, a menos que atuem com dolo, com base em declarações ou factos constantes dos autos de processo, judicial ou contraordenacional, desencadeado por assédio até decisão final, transitada em julgado, sem prejuízo do exercício do direito ao contraditório. "

in Código do Trabalho, Secção II,  Subsecção Igualdade e Não Discriminação, Divisão II- Proibição de Assédio ( última atualização maio de 2023)

Ontem foi publicado num semanário português um artigo de um jornalista em que este contesta o tempo de serviço  congelado que os professores reclamam. Esse artigo mistura assuntos e é altamente demagógico.  Perguntavam-me no outro dia: porque fazem os professores, agora, num governo socialista, tantas greves e tantas manifestações?

Basicamente a classe docente chegou a um limite.

A situação não passa apenas por contagem de tempo de serviço, passa pelo facto de existirem professores com 40 e muitos anos que ainda andam com a casa às costas , deixando a família para trás, deixando uma vida normal para trás, a fim de efetivarem muitos a 300km de casa, não tendo subsídios de alojamento, deslocação, como muitos altos funcionários públicos do Estado.

Espera-se que entre 2000 a 4000 professores não se tenham candidatado a um concurso com a designação de vinculação dinâmica . O dinamismo implica que, uma vez o professor esteja efetivo num QZP no ano letivo que aí vem, no próximo poderá estar noutro e noutro e noutro.

Portanto, andando sempre a mudar de escola, a mudar de vida.

Para além desta instabilidade e precariedade laboral, os docentes confrontam-se ( tal como muitos trabalhadores) com aquilo que se designa de assédio moral no trabalho.

Todas as semanas sei de situações de colegas que foram maltratados por direções de escola que dizem aos professores que têm de sumariar em 24horas, em 2 minutos, no sistema informático, caso não o consigam porque não há Internet têm de escrever em papéis e justificar, ameaçando com perda no vencimento, que dizem a professores para retirarem faltas de tpc de alunos caso contrário terão processos disciplinares, que enviam emails a desoras ameaçando professores, que marcam reuniões de trabalho online fora do horário de trabalho, que chamam professores que fizeram greve ameaçando-os de que se o fizerem novamente terão consequências, que fazem queixa de diretores por assédio moral e as testemunhas recuam, com medo.

A isto se chama assédio moral no trabalho. Com medo , muitos professores metem baixa e tentam mudar de escola.

Para além do assédio moral pela hierarquia de uma escola, noutras escolas parece haver também donas Eugénia que marcam faltas aos professores por greve, não apurando se o professor adoeceu, se alguém lhe morreu, se teve um acidente, dizendo "vocês fazem greve, vocês auferem mais, portanto, eu não sei e marco falta." Depois, os professores abrem a sua área pessoal e têm uma semana com os dias todos marcados a vermelho vivo, provocatório, mesmo que só tenham feito 1 dia de greve.

Um bom jornalista apura os factos, um bom colega e diretor protege os colegas e não os assedia moralmente.

Uma boa dona Eugénia cumpre o seu trabalho e não assedia moralmente- pode ir sempre para a Faculdade tirar um curso superior+ mestrado+ doutoramento e demonstrar capacidade psíquica para aguentar o jogo. 

Em Inglaterra muitos professores estão a abandonar a profissão e em Portugal, se estas condições laborais se mantiverem e se os professores não tiverem apoio nem do Governo, nem da Oposição, nem de um Presidente da República, professor catedrático "reformado", acontecerá o mesmo.

#Não ao assédio moral nas escolas, não às donas Eugénia# 

@mmalheiro

em memória dos meus pais que lutaram pela Liberdade no trabalho em 1976

aos meus amigos e colegas professores

 

publicado às 08:06

# 25, sempre! Não, senhor Ministro, não paramos.

Os professores aguardam a promulgação, congelamento ou não promulgação de um diploma dos concursos por parte do Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que expressou dúvidas sobre o diploma "aprovado", a 17 de março, sem a concordância sindical.

Por isso, a greve e a luta continuam e descemos hoje a Avenida , sem medo e com a Liberdade toda nas mãos.

A greve e a luta continua, Senhor Ministro, com e sem exames. Merecemos respeito e não desprezo.

[1 - A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores.
       2 - Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve.
       3 - O direito à greve é irrenunciável.] Artigo 530 da CRP

@mmalheiro

publicado às 10:37

# A luta permanente da classe docente

foto ( in Pinterest)

Hoje ,em plena sala de operações, uma médica dizia-me a brincar : " hoje não está em greve!"

Respondi-lhe a sorrir que, de facto, hoje não estou mas estive na manifestação de sábado.

A precariedade da profissão, o congelamento de mais de 6 anos de 2011 a 2017, as quotas nos escalões, a progressão e reposicionamento na carreira, as reformas, os currículos, as turmas enormes, a indisciplina, a transição dos alunos com várias classificações negativas, as competências essenciais que são tão abaixo dos mínimos (.!) constituem os maiores problemas que os docentes têm de enfrentar.

A gasolina, portagens, renda, quando  os professores estão deslocados da sua área de residência são problemas concretos e, sim, relacionados com a Economia. Mais do que isso, relacionados com o sistema do concurso de professores, mais do que isso como me dizia um enfermeiro hoje, relacionados com a sua família.

Tenho uma amiga professora do grupo de Ciências que este ano decidiu ficar na área de residência ( fronteira entre o Minho e Trás os Montes) para ficar com os filhos.

Resultado: desempregada desde 1 de setembro. Estaria colocada desde esse dia na região de Lisboa. Está prestes a desistir de dar aulas.

É por estes casos que eu e muitos fazemos greves e participamos em manifestações.

O sistema está errado.! E se fosse consigo.?

@mmalheiro

#professoresamanifestartambémestãoaensinar#

 

 

 

publicado às 18:27

# 4 dias por semana no país da calmaria

Vai ser implementado um projeto- piloto da semana de 4 dias em Portugal, tal como já existe em vários países europeus ( nórdicos) e na China.

O coordenador deste projeto piloto dizia que acha que a taxa de natalidade vai aumentar...

Num programa de rádio sobre este tema dizia-se que a China já tem este sistema e aumentou imenso o turismo na China.

Este tema veio à discussão após os movimentos do "quiet quitting" ( adotado por vários trabalhadores insatisfeitos com a sua precariedade laboral) a que se seguiu o "quiet firing" ( o despedimento silencioso).

Hoje, entre colegas de trabalho, questionámos como seria feita a divisão das 35 horas de trabalho por esses 4 dias ou se isso comportaria um corte no vencimento.

No momento em que toda a gente aguarda uma transferência interbancária do Estado ,a partir de dia 20, uma "pequena cenoura!" para um parco aumento salarial, em que a inflação dispara e em que há uma guerra a decorrer, é questionável de que modo será aplicada esta semana de 4 dias aos trabalhadores portugueses.

Por outro lado, ouço cada vez mais histórias de "quiet firing" , totalmente justificadas para uma queixa no Tribunal do Trabalho.

Estaremos a navegar num mar de calmaria, quando em janeiro poderemos pagar e bem! os custos do frio, com possíveis cortes de eletricidade e de gás natural?

@mmalheiro

no dia em que em França houve uma greve geral contra o aumento do custo de vida

publicado às 23:58

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